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Queda do dólar frente ao euro esquenta o debate no G-8

Veja o especial sobre o G-8

Por Agencia Estado
Atualização:

O euro e o dólar poderão fazer parte da agenda da cúpula do G-8, que têm início neste final de semana em Evian, mesmo se os presidentes dos Estados Unidos, George Bush, e da França, Jacques Chirac, não se mostrarem interessados em discutir o assunto. Nos últimos 18 meses, o dólar caiu 35% em relação ao euro. Hoje, o presidente norte-americano reafirmou ser favorável a política do dólar forte, mesmo que a retração da moeda dos EUA dure mais tempo do que se imagina. Chirac mantém a mesma posição. "Não penso que a situação atual mereça um comentário particular", disse. A porta voz do presidente francês, Catherine Colonna, em nenhum momento se referiu ao tema. Aos jornalistas que insistiam em saber se a questão faria parte dos debates ela limitou-se a dizer: "Vamos ver." No entanto, dificilmente o G-8 - Grupo dos Oito, formado pelos sete países mais ricos do mundo e a Rússia - poderão ignorar hoje o debate sobre o assunto, que já predomina nos bastidores do encontro em Evian, na França. Se a queda do dólar tem facilitado as exportações das empresas norte-americanas, a valorização do euro, se continuar nesse ritmo, comporta perigos para países exportadores como a Alemanha. O chanceler alemão Gehard Schroeder já não esconde sua preocupação com a crise do país, que se encontra em recessão e cuja política tem sido cada vez mais criticada. Economistas da Merryll Linch que acompanham como observadores o encontro de Evian dizem existir três opções. Na primeira, o dólar já teria terminado seu período de correção. Outra possibilidade é que a moeda norte-americana esteja passando por longa fase de consolidação antes de nova depressão. E a terceira hipótese, a mais provável segundo eles, é que a depreciação do dólar vai continuar rapidamente.

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