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Queda do INA faz Fiesp duvidar de recuperação

Por Agencia Estado
Atualização:

A queda do Indicador do Nível de Atividade (INA) de 4% em maio ante abril e de 2,5% entre janeiro e maio de 2002, em relação ao mesmo período do ano passado, fez a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) rever a previsão de recuperação da atividade neste ano. A entidade já trabalha com um cenário pessimista, colocando em dúvida não mais o ritmo da recuperação, mas sim se ela acontecerá ou não. "O INA caiu em torno de 1% a 1,3% nos 12 meses fechados em abril e depois em maio. Isso está nos mostrando que na melhor das hipóteses estamos andando de lado, sendo que existe a possibilidade da retração da indústria neste ano", afirmou Clarice Messer, diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da entidade. Porém, a hipótese menos provável é a de INA negativo, uma vez que a base de comparação - o segundo semestre do ano passado - é fraca (racionamento de energia elétrica a partir de maio, reversão das expectativas dos empresários, desaceleração do crescimento mundial e atentados terroristas nos Estados Unidos). O fato de os últimos seis meses de 2001 terem sido fraco para a indústria fez com que a Fiesp não alterasse a projeção de 2% de crescimento do INA em 2002. "O que acontece é que agora estamos questionando se haverá recuperação, mas ainda não alteramos nossa previsão", disse Clarice. No ano passado, o INA fechou em 6,7% ante 2000. Emprego - A divulgação do INA deixa claro que o nível de emprego do setor não deverá crescer nos próximos meses, segundo explicou a diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da entidade, Clarice Messer. As quedas de 3,7% nas horas médias trabalhadas na produção em maio ante abril e de 1,3% sobre maio do ano passado mostram a forte tendência de não contratação pelos empresários. "Para a empresa voltar a empregar, tem que ter tido vários meses consecutivos de horas médias trabalhadas crescendo", afirmou. De acordo com ela, esse indicador é a medida do que acontecerá com o nível de emprego da indústria nos meses a seguir.

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