O Brasil tem condições de reduzir o risco País - taxa que mede a desconfiança do investidor estrangeiro em relação à capacidade de pagamento da dívida do País - e as taxas de juros com o aumento da proporção do comércio exterior em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). A avaliação foi feita pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. "Estamos caminhando para que essa relação salte de patamares históricos entre 15% e 20% do PIB para um número próximo a 30% do PIB", afirmou Furlan. Segundo ele, este ano a corrente de comércio brasileiro deverá ser de US$ 156 bilhões, com um PIB em torno de US$ 500 bilhões, o que já resulta num índice entre 28% e 30% do PIB. "Isso nos dará condição de termos menor risco, menor taxa de juros internacional e, portanto, menores taxas de juros no mercado interno", disse. Furlan acredita que o Brasil tem condições de quebrar a barreira de 400 pontos de Risco País, ao reduzir esse índice para 300 pontos no ano que vem e, em 2006, para 200 pontos.