PUBLICIDADE

Queda dos preços da energia ajuda indústria dos EUA

Por PEDRO NICOLACI DA COSTA
Atualização:

A atividade industrial norte-americana no Meio-Atlântico se enfraqueceu menos em agosto, enquanto os pedidos de auxílio-desemprego caíram, segundo dois relatórios divulgados nesta quinta-feira, que trouxeram algumas boas notícias, apesar do ambiente econômico pessimista. No entanto, um índice dos principais indicadores econômicos divulgado pelo grupo industrial Conference Board apresentou seu maior declínio em um mês em cerca de um ano, sugerindo que o cenário principal continua a se deteriorar. O Federal Reserve da Filadélfia informou que seu índice de atividade ficou negativo em 12,7 em agosto, melhor patamar desde dezembro. Em julho, ele tinha sido negativo em 16,3. Leituras abaixo de zero apontam contração no setor. Enquanto isso, os pedidos semanais de auxílio-desemprego diminuíram em 13.000 para o patamar ajustado de 432.000 na semana encerrada em 16 de agosto. Menos pessoas que o esperado pelos economistas solicitaram benefícios de desemprego, o que estimulou o dólar e as ações a reduzirem brevemente algumas perdas. Mas o número de pedidos de auxílio-desemprego permaneceu acima do esperado geralmente em recessões. "O pico recente sugere consequentemente que a economia dos Estados Unidos entrou em um período sombrio, que tende a ser marcado por um aumento no desemprego", disse Tony Crescenzi, um estrategista de mercado do Miller Tabak. "Muitos estão esperando a contração da economia dos EUA no último trimestre, possivelmente de grande dimensão." O índice dos principais indicadores contribuiu para esses temores, caindo 0,7 por cento, uma queda três vezes maior que a prevista por Wall Street, e caiu para o menor nível desde outubro de 2004. "Poucos meses atrás, havia uma discussão sobre uma recuperação no segundo semestre", disse Ken Goldstein, um do Conference Board. "Se houver uma recuperação no segundo semestre, será no de 2009." Embora o levantamento do Fed da Filadélfia tenha certamente mostrado sinais de melhora, muito se deveu à queda vertiginosa dos preços da energia no mês passado. Tirando isso fora, o sentimento que prevalece entre os executivos ainda é de relutância e incerteza. "O setor de manufaturas da região permanece fraco", declarou o Fed da Filadélfia em seu relatório. A melhora veio principalmente da maior queda dos preços pagos desde outubro de 2005, quando a economia recuperou-se do impacto do furacão Katrina, que devastou a costa norte-americana no Golfo do México. O índice de preços pagos caiu para 57,5, ante 75,6.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.