Publicidade

Queda menor da Selic ´não se contrapõe´ ao PAC, diz Genro

Ministro afirma que decisão do Copom não reverte expectativa de crescimento

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, disse nesta quinta-feira que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de diminuir o ritmo de queda da taxa básica de juros (Selic) "não se contrapõe" ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado na segunda-feira. "O presidente confere autonomia técnica ao Banco Central e respeita essa autonomia", disse Tarso. "É óbvio que grande parte da sociedade brasileira esperava uma taxa de juros ainda mais reduzida". Na quarta-feira, o Copom reduziu a Selic em 0,25 ponto porcentual, interrompendo uma seqüência de quedas de 0,5 ponto. Em entrevista no Palácio do Planalto, Tarso acrescentou que "o presidente não politizou essa questão". Na avaliação do ministro, a decisão do Copom não reverte a expectativa de crescimento por parte do governo e da sociedade. Para ele, o que gera crescimento econômico são "medidas de Estado" como as incluídas no PAC e uma expectativa positiva em relação à taxa de juros. José Dirceu Tarso disse nesta quinta-feira que o governo não pretende comentar a declaração do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que sugeriu a renúncia do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, por considerar contrária ao crescimento da economia a decisão do Copom. "Essa é uma opinião do José Dirceu", disse Tarso. "No governo, não há nenhum comentário sobre isso". Para o ministro, a decisão do governo de anunciar as medidas do programa antes da reunião do Copom não foi precipitada. "Seria equivocado anunciar o conteúdo do PAC depois da decisão do BC", declarou. "Acho que o PAC foi levado em conta pelo Banco Central".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.