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Queda no preço do álcool afasta intervenção, diz Bressan

Após seis semanas de alta, o preço médio do hidratado recuou 1,48% nas usinas

Por Agencia Estado
Atualização:

A queda nos preços do álcool anidro e hidratado na semana passada afasta a possibilidade de uma intervenção do governo no mercado, avaliou nesta segunda-feira o diretor do Departamento do Açúcar e do Álcool da Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Ângelo Bressan. "Continuaremos monitorando a situação do mercado, mas, por enquanto, uma intervenção está descartada", afirmou. Após seis semanas de alta, o preço médio do hidratado recuou 1,48% na última semana nas usinas paulistas. O preço do anidro caiu 0,37%. O levantamento é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). O diretor classificou o preço de R$ 0,85517 por litro de hidratado como "camarada". O hidratado é utilizado nos veículos movidos a álcool e também na frota bicombustível. A alternativa do governo para conter a alta era reduzir dos atuais 23% para 20% a mistura de álcool anidro na gasolina. Por lei, o porcentual pode variar de 20% a 25%, variação que depende do sinal verde do Conselho Interministerial do Açúcar e Álcool (Cima). A mistura de 23% significa consumo de 306,9 milhões de litros. Para Bressan, o recuo de preços era esperado e refletiu uma situação normal de mercado. "A demanda esteve um pouco mais aquecida no começo do ano, mas agora o interesse voltou ao normal", completou. No início do ano, o estoque de passagem era de 4,78 bilhões de litros. A previsão é chegar ao início da safra com cerca de 500 milhões de litros, estima o governo. A safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul começa a ser esmagada no final de abril.

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