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Quedas em NY voltaram a tumultuar mercados

Ontem os mercados abandonaram a trajetória de recuperação e voltaram a operar com pessimismo. A principal causa foi a queda nas bolsas norte-americanas. Os resultados divulgados pelas empresas, dada a desaceleração econômica, voltaram a decepcionar. No Brasil, o efeito foi mais brando.

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de apresentar um comportamento mais equilibrado, embora cauteloso, essa semana, os mercados voltaram a oscilar e agir com bastante nervosismo ontem, retomando o pessimismo. As bolsas caíram e o dólar e os juros subiram. A principal causa foi a queda em ações nos mercados internacionais, especialmente no setor de telecomunicações. A desaceleração da economia norte-americana afetou os resultados das empresas, o que reduz o valor de suas ações. No mês que entra, a maioria das grandes empresas divulga sua previsão de resultados para o segundo trimestre e os anúncios de ontem derrubaram as bolsas em Nova York, que pareciam estar em processo de recuperação. Mas os efeitos foram até moderados no Brasil. Em parte, porque não há muito espaço nos atuais patamares de cotações para ainda mais pessimismo. Mas o acordo fechado ontem entre o governo e o PMDB parece ter encerrado as discussões sobre a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de corrupção no governo federal. A notícia trouxe alívio aos mercados, que temiam uma paralisação nas atividades do Congresso em 2001 por causa das investigações. Além disso, o aumento na popularidade do Presidente da República, o aumento do salário mínimo, o anúncio de redução do preço da gasolina e a reafirmação de todas as metas econômicas pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, apesar de não afetar os investidores diretamente, reforçam a percepção positiva do governo e da conjuntura. Fatos relevantes marcados para hoje Hoje será divulgada a ata da última reunião mensal do Comitê de Política Monetária (Copom), do dia 21, que aumentou a Selic, taxa básica referencial de juros da economia, de 15,25% para 15,75% ao ano. A ata deve detalhar os motivos da decisão. Nos Estados Unidos, deverão ser divulgados a primeira revisão do PIB (Produto Interno Bruto) de 2000 e o número de pedidos de seguro-desemprego da semana. O mercado gostaria que os dados econômicos mostrassem uma retomada da economia, coerente com os resultados dos indicadores de vendas a varejo e confiança do consumidor do início da semana.

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