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‘Queremos ser uma plataforma de serviços’

João Vitor Menin, presidente do Banco Inter, foi o responsável pela transformação digital do banco da família

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Por Luciana Dyniewicz
Atualização:

Quando estudante universitário, João Vitor Menin estagiou na incorporadora MRV e no Banco Intermedium, criados por seu pai, Rubens Menin, e outros sócios. Dez anos após se formar em Engenharia Civil, levou ao conselho de administração a ideia de transformar o Intermedium em banco digital. “Até 2015, o banco tinha o pesadelo de depender de spread. A solução era ir para o varejo. Tive a ideia de ser virtual e o conselho disse para eu ir em frente.”

A transformação em Banco Inter ocorreu sem ajuda de consultorias. Menin também não quer ver a empresa como banco. “Queremos ser mais que isso, queremos ser uma plataforma de serviços.”

João Vitor Menin, presidente do Banco Inter Foto: Taba Benedicto/Estadão

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A empresa pretende lançar, nas próximas semanas, um “superaplicativo” onde o cliente poderá, além de acessar a conta bancária, comprar produtos de parceiros como companhias aéreas e hotéis. “Quem chega primeiro bebe água limpa, mas não podemos nos acomodar. ”

Menin diz não ter discurso contra os “bancões”, mas destaca que os serviços oferecidos por eles são abaixo do desejado. Afirma ainda que os bancos tradicionais sempre terão dificuldade de competir com os digitais. “É como a Tesla. Ela é uma empresa de carros elétricos. Só pensa nisso; a GM não vai ter esse foco nunca. Quanto tempo você acha que o conselho de um banco grande gasta nas reuniões falando da área digital?”

Ele, porém, não descarta vender o Inter para um dos grandões quando o processo de consolidação começar. “Temos acionistas minoritários. Chega uma hora em que é preciso ver o que é melhor para todos. O Inter não é meu brinquedo de estimação.” 

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