PUBLICIDADE

Publicidade

Química britânica ICI recusa oferta de US$15 bilhões da Akzo

Por FOO YUN CHEE E MIYOUNG KIM
Atualização:

A ICI, maior química britânica, recusou uma oferta melhorada de 7,8 bilhões de libras esterlinas (15,9 bilhões de dólares) da rival holandesa Akzo Nobel, com o argumento de que o incremento de 8 por cento da proposta não era suficiente. A ICI, fabricante das pinturas Dulux, admitiu nesta segunda-feira que ambas as partes seguiam negociando, após rejeitar a proposta da Akzo de 650 centavos de libra em dinheiro por ação, mas garantiu que ainda não abriu os seus balanços financeiros ao maior produtor mundial de revestimentos industriais. A Akzo, que fabrica as pinturas Crown, disse que se associou com o grupo de produtos de consumo Henkel para fazer a proposta, mas declarou que não há certeza de que fariam outra oferta. Se a compra for concretizada, a Henkel tomaria o negócio de adesivos e materiais de eletrônica da ICI, comentou a Akzo. A aquisição da ICI daria um impulso à Akzo na indústria mundial de revestimentos, de 85 bilhões de dólares, o que permitiria à empresa expandir a fatia global a cerca de 15 por cento, em relação aos 10 por cento atuais. No setor, a vice-líder é a norte-americana Sherwin Williams, que tem participação de 9 por cento no mercado mundial. "A Akzo Nobel está avaliando suas opções. Enquanto continuam as discussões, a Akzo Nobel manterá a disciplina financeira", disse em um comunicado. A ICI, que em junho rechaçou uma proposta da Akzo de 600 centavos de libra por ação, afirmou que a nova oferta ainda era muito baixa. "O conselho da ICI (...) a recusou de forma unânime, já que ela não reconhece o valor estratégico absoluto da ICI", declarou a empresa em um comunicado. "A ICI se reuniu com a Akzo para (...) estudar se a oferta pode ser incrementada. Esta reunião não concluiu com uma melhora da proposta. As discussões continuam, (mas) a ICI não deu acesso à Akzo sobre suas informações contábeis", disse. Segundo os analistas, um acerto com a ICI, empresa que tem 27 por cento das vendas na Ásia, daria à Akzo uma maior exposição nos mercados emergentes e ajudaria a compor o negócio de decoração na Europa. A tentativa da Akzo reflete a tendência de consolidação no setor químico global. Há poucas semanas, a Huntsman foi comprada pelo fundo de investimentos Apollo Management por 6,5 bilhões de dólares. A Lyondell Chemical passou às mãos da empresa holandesa de químicos e plásticos Basell, por 12,7 bilhões de dólares.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.