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Químicos estão em greve por reajuste salarial

Por Agencia Estado
Atualização:

A proposta patronal de reajuste de 14% contra os 20% solicitados pelos trabalhadores para a data-base de várias categorias empregadas na indústria química em São Paulo, em primeiro de novembro, não agradou. A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), que possui 32 sindicatos filiados, iniciará hoje assembléias emergenciais com os trabalhadores, caracterizando estado de greve. De amanhã, dia 31 de outubro, até segunda-feira, dia 3 de novembro, a entidade mobilizará trabalhadores da indústria a se manifestarem, paralisarem atividades parcialmente e atrasarem o ritmo de trabalho. "Estamos em estado de greve, e a paralisação total dependerá do resultado da nova rodada com os patrões, na segunda-feira", explica o secretário-geral da Fequimfar, Sérgio Luiz Leite. A proposta do grupo CEAG-10 da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que representa as empresas do setor químico, foi apresentada hoje, em reunião, na sede do Sindiplast. Além da oferta de 14% de reajuste e aumento real para os trabalhadores que recebem até R$ 4 mil, as empresas oferecem reajuste fixo de R$ 560. O piso salarial sugerido pelos patrões é de R$ 511,63, ante o anterior de R$ 448,80 - abaixo dos R$ 550, novo piso reivindicado pelos trabalhadores. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) proposta pelos empregadores é de R$ 350. O valor deverá ser dividido em duas parcelas, uma a ser paga em janeiro e outra em julho de 2004. Sérgio Luiz Leite explica que essa PLR é paga a cerca de 50% dos 100 mil trabalhadores ligados à Fequimfar. Segundo ele, o valor é fixado e deve ser pago por empresas que não concedem espontaneamente a PLR.

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