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Raios podem ter causado apagão de sábado, diz Ministério

Segundo o secretário, o problema teve início na subestação de Itumbiara e causou desligamento das máquinas da usina; veja mapa dos apagões que ocorreram desde setembro

Por Anne Warth e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, disse que a incidência de raios na região da usina hidrelétrica de Itumbiara, na divisa entre Goiás e Minas Gerais, no sábado, dia 15, pode ser uma das causas do apagão que atingiu 12 Estados do País naquele dia. "No momento da perturbação, ocorria realmente uma incidência de raios na região. Isso pode estar associado ao desligamento, mas isso ainda está em análise", afirmou.

Problema constante Grüdtner admitiu que o desligamento do sistema foi "razoavelmente grande" e disse que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, está "bastante incomodado" com as perturbações que têm ocorrido no sistema - foi o sexto apagão desde o fim de setembro. Entre as ações determinadas para que essas ocorrências não voltem a acontecer está a aplicação do protocolo de verificação dos sistemas de proteção O secretário descartou a hipótese de que a causa dessa sequência de apagões seja um problema de infraestrutura ou de falta de investimentos. Ele disse ainda que, provavelmente, a causa do apagão do último sábado nada tem a ver com a dos apagões anteriores."Não é que seja coincidência, mas estamos sujeitos a perturbações e não gostamos que ocorram. Trabalhamos constantemente para que isso não se repita ou ocorra, mas é impossível dizer que não vai ocorrer", afirmou. "Em princípio, realmente há uma sequência ruim de perturbações que tivemos no sistema interligado."O secretário disse que a configuração da subestação separou o sistema Norte/Nordeste e Centro-Oeste do sistema Sul/Sudeste. "Como estávamos recebendo energia do Norte/Nordeste, com a perda da usina, houve um déficit de geração no sistema Sul/Sudeste. Consequentemente, houve um corte automático de carga de modo a restabelecer o equilíbrio entre geração e carga."Colaborou Mariana Congo, do Economia & Negócios.

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