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Ramalho aponta diversificação como alternativa para exportador

Por Agencia Estado
Atualização:

O exportador que já conseguiu ter uma presença "importante" em mercados externos continua procurando manter sua participação nesses mercados, ainda que a taxa de câmbio não esteja favorável, disse o secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho. Neste contexto, ele destacou a diversificação pela qual vem passando as exportações brasileiras. Esse processo atinge novas empresas, novos destinos, novos produtos e também a diversificação quanto à origem dos produtos pelos estados brasileiros. Amapá, Tocantins, Acre e Sergipe são exemplos de estados que tradicionalmente não eram exportadores e estão tendo crescimento acima da média nacional nas vendas ao exterior. Quanto aos destinos, a participação dos Estados Unidos, o maior comprador, caiu de aproximadamente 25% para 20%, apesar de esse país ter aumentado em 33,2% suas importações do Brasil de janeiro a abril deste ano ante o mesmo período do ano passado. A redução relativa se deu porque outras regiões tiveram aumento ainda mais significativo, como a América do Sul, excluindo o Mercosul, com aumento de 46,6% no período, e África (45,5%). O técnico do governo observou também que no ano passado 600 novos produtos foram acrescentados à pauta de exportações brasileiras, que totalizou 9.000 itens. Além disso, a quantidade de empresas exportadoras teve um acréscimo de 900. "O crescimento das quantidades embarcadas é extraordinário", disse Ramalho, acrescentando que também por isso o governo está preocupado em melhorar a capacidade logística, sobretudo nos portos. Negócios com Argentina Ramalho observou que Brasil e Argentina já resolveram a maior parte das pendências que tinham no comércio bilateral e citou os setores de geladeiras, fogões, lavadoras e televisões como exemplo dos que já tiveram solução. De acordo com Ramalho, o setor de calçados também está próximo de um acordo. Ramalho destacou na palestra que as exportações para a Argentina têm crescido devido à recuperação econômica daquele país, que é o segundo maior importador brasileiro.

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