PUBLICIDADE

Reajuste de energia ficou negativo ao longo do ano

Ao longo do ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou reajustes negativos nas tarifas para consumidores residenciais paulistas.

Por Agencia Estado
Atualização:

A conta de luz foi uma agradável surpresa para grande parte dos consumidores residenciais paulistas em 2005. Os reajustes anuais de algumas das principais empresas de distribuição de energia do Estado resultaram em queda das tarifas ou em aumentos inferiores aos autorizados no ano passado. Ao longo do ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou reajustes negativos nas tarifas para consumidores residenciais paulistas. Foi o caso da Eletropaulo (-7,8%), Bandeirante (-17,43%), Companhia Piratininga de Força e Luz (-8,56%) e Elektro (-0,90%). Todas essas empresas abastecem importantes regiões do Estado. A Eletropaulo fornece energia em toda a Grande São Paulo. A Bandeirante Energia abastece a região do Vale do Paraíba, enquanto a Piratininga é a distribuidora nas regiões de Sorocaba e da Baixada Santista. A Elektro, por sua vez, atua nas regiões de cidades do interior do Estado como Limeira, Rio Claro, Mogi-Mirim e Tatuí. De acordo com o superintendente de Regulação Econômica da Aneel, César Gonçalves, a redução nas tarifas dessas empresas foi proporcionada pela combinação de três motivos principais - a valorização do real perante o dólar, que reduziu os gastos das distribuidoras com a compra da energia de Itaipu (que é cotada na moeda americana); a inflação menor apurada pelo IGP-M, que é utilizado como indexador das tarifas; as distribuidoras adquiriram, no ano passado, contratos de compra de energia mais barata, nos leilões promovidos pelo governo. Impostos Nem todos os consumidores paulistas, porém, tiveram alívio em suas contas de luz. O reajuste negativo autorizado pela Aneel não leva em conta os tributos, como o PIS/Cofins, que no ano passado tiveram um aumento em função da mudança na forma de cálculo. De 3,65% cobrados anteriormente, esses tributos passaram a pesar algo entre 5% e 5,5%. Dessa forma, o que era um reajuste negativo de 0,9% na Elektro ficou positivo, mas ainda assim menor do que os 16,55% de aumento autorizado no ano passado. Nos demais casos, mesmo com a cobrança da PIS/Cofins o reajuste ficou negativo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.