O déficit previdenciário deve voltar a subir este ano, impulsionado pelos efeitos da crise, segundo o consultor José Cechin, ex- ministro da Previdência Social no governo FHC. O rombo só não voltará a crescer em 2009 se o Produto Interno Bruto (PIB) aumentar ao menos na mesma proporção que o crescimento das despesas previdências, em torno de 3,5%. "Pouca gente hoje está esperando isso realisticamente no mercado." Segundo Cechin, as despesas serão pressionadas pelo reajuste de 12% no salário mínimo que deve subir dos atuais R$ 415 para R$ 465. Além disso, em momentos de crise, empresas costumam cortar pagamentos de tributos, inclusive o previdenciário. "Então, deve aumentar a inadimplência e a sonegação, o que deve contribuir para piorar bastante as contas da Previdência."