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Reajuste dos combustíveis pode ficar abaixo de 10%

A equipe econômica encontrou uma saída para diminuir o reajuste, previsto para julho, no preço dos combustíveis. A alternativa seria utilizar parte do superávit da Petrobras para cobrir o déficit da conta petróleo.

Por Agencia Estado
Atualização:

A elevação nos preços da gasolina, diesel e lubrificantes é necessária para cumprir a meta de arrecadar R$ 3,5 bilhões esse ano com a conta petróleo, que contabiliza a diferença entre o valor do petróleo no mercado internacional e interno. Uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), publicada nesta semana no Diário Oficial da União, permite que parte dessa meta seja alcançada usando o superávit - receita maior que despesa - extra que a Petrobras acumula até abril. Pelas contas do governo, as estatais federais deveriam registrar esse ano um superávit de R$ 1,1 bilhão. A elevação nos preços do petróleo no mercado internacional, deve favorecer a Petrobras, que vem registrando resultados acima do esperado. Com isso, uma parcela dos R$ 3,5 bilhões da conta petróleo poderá entrar no caixa, tendo como fonte de recursos a Petrobras. O resultado esperado é que o aumento nos preços dos combustíveis fique abaixo dos10%, que já foi previsto pelos analistas. Resultado da medida ainda não está garantido De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, a decisão ainda não está tomada. Ele disse que há uma possibilidade de escolha entre um saldo menor na conta petróleo e a necessidade de gastos em outras áreas do governo. Além disso, nem todo o superávit extra da Petrobras poderá amortecer o aumento dos combustíveis. Isso porque R$ 512 milhões do total de R$ 1,1 bilhão já estão destinados ao Plano Nacional de Segurança Pública. Se a diferença, cerca de R$ 600 milhões, for usada para compensar a frustração de arrecadação da conta-petróleo, o governo consegue cobrir todo o déficit acumulado esse ano e ainda fica com um saldo positivo de cerca de R$ 100 milhões.

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