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Reajuste dos remédios pressionaram inflação

Segundo o coordenador do IPC, Heron do Carmo, o reajuste de 1,79% no preço dos remédios em fevereiro contribui para quase metade da inflação do mês, que ficou em 0,11%. A previsão para março é que o índice fique em 0,10%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O aumento de 1,79% no preço dos remédios em fevereiro foi responsável por quase metade da inflação de 0,11% registrada no mês pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe). Os dados da Fipe mostram que a alta nos medicamentos foi generalizada no período. Todos os tipos de remédios tiveram variação positiva, com destaque para os antiinfecciosos (2,55%) e antiinflamatórios (2,50%). O resultado de fevereiro ficou acima do previsto pelo coordenador do IPC, Heron do Carmo, também por causa da pressão do pagamento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) no período e da redução menor do que a esperada nos alimentos in natura. Neste mês, no entanto, a previsão é de que o comportamento dos alimentos mantenha a estabilidade. Com isso, para março, a projeção inicial de Heron é de variação em torno de 0,10% no custo de vida. Ele não descarta, no entanto, a possibilidade de vir a ocorrer deflação. Segundo o economista, há poucos fatores de risco para a inflação em março, mas que devem ser avaliados com cuidado. Um deles é a possibilidade de aumento na tarifa de ônibus em São Paulo que, dependendo do porcentual a ser determinado, poderá afetar até o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como base para o cumprimento da meta de inflação. Num cálculo aproximado, Heron adianta que se a Prefeitura autorizasse um reajuste de 20% na tarifa para a capital paulista, isso representaria um aumento de 6% no transporte coletivo para a média nacional. Essa variação corresponderia a 0,25 ponto porcentual no índice. Um reajuste de 10% para os ônibus urbanos significariam cerca de 0,45 ponto porcentual para o IPC-Fipe.

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