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Reajustes salariais têm melhor resultado desde 1º semestre de 96

A indústria foi a responsável pelas maiores altas salariais, registrando 77,9% dos aumentos acima do INPC e 11% iguais ao indicador.

Por Agencia Estado
Atualização:

Levantamento divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que 86,3% dos reajustes salariais conseguidos nos primeiros seis meses de 2005 foram iguais ou superiores à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O resultado é o melhor conseguido num primeiro semestre desde 1996. No ano passado, os reajustes acima do INPC representaram 75,7% do total. Segundo a pesquisa do Dieese, 65,7% das correções salariais ficaram acima do INPC, sendo que cerca de 57% mostraram aumentos reais de até 2% acima da inflação observada no período. Os aumentos que se igualaram ao indicador do IBGE somaram 17,9%, enquanto os reajustes inferiores ao INPC representaram 16,4%, com 12,1% desse total reajustado em até 1% abaixo do índice. Para o diretor técnico do Dieese, o resultado positivo das negociações foi fruto do decréscimo dos indicadores de inflação, da estabilidade macroeconômica e da expectativa de bom desempenho da economia, tanto neste ano, quanto no próximo. "Também tivemos um ajuste bom também porque viemos de uma base de reajustes bastante depreciada." A indústria foi a responsável pelas maiores altas salariais, registrando 77,9% dos aumentos acima do INPC e 11% iguais ao indicador. O comércio deu aumento real para 72,5% dos trabalhadores e reajuste na média da inflação para 17,5%, enquanto o setor de serviços reajustou 53,1% dos salários acima do INPC e 24,1% iguais à variação da inflação. As correções inferiores ao índice inflacionário foram de 11%(indústria), 10%(comércio) e 22,8%(serviços). Regiões A região Centro-Oeste, onde cerca de 80% das negociações implicaram em aumento real, apresentou as maiores altas salariais. Em seguida, as regiões Sul e Sudeste apresentaram 71% dos reajustes acima do INPC. Nas região Nordeste, as correções superiores ao índice somaram 49%, enquanto no Norte as altas acima do INPC ficaram em torno de 40%, mesmo porcentual das negociações que resultaram numa correção abaixo da inflação.

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