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Rebaixamento do Brasil teve efeito 'devastador' para empresas, diz Levy

Durante encontro do FMI em Lima, o ministro da Fazenda disse que a aprovação do Orçamento de 2016 deve reduzir as incertezas e o risco de rebaixamento do País por uma segunda agência

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Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
Atualização:
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participa de reunião do FMI em Lima Foto: Guadalupe Pardo/Reuters

LIMA - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse neste domingo, 11, que a aprovação do Orçamento de 2016 deve reduzir as incertezas na economia brasileira e o risco de rebaixamento do País por uma segunda agência de classificação de risco. "O downgrade, mesmo que por uma agência, teve um efeito devastador em várias companhias", disse o ministro, se referindo ao corte da nota brasileira para nível especulativo pela Standard & Poor's (S&P) no começo de setembro. 

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Ao participar do encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Lima, no Peru, Levy afirmou que aprovação do Orçamento de 2016 será sua prioridade nos próximos dias. "Isso vai ser a prioridade, porque o Orçamento e as escolhas que vão estar ali vão ser o que vai dar segurança para a gente voltar a ter mais crédito e para ter a economia crescendo outra vez", afirmou.

"O que queremos ver é a volta do crescimento o mais rápido possível, com a expansão do crédito, com o apoio às empresas, e eu acho que o Orçamento numa sociedade democrática é como a gente caracteriza essas decisões", disse Levy, destacando que nas várias reuniões que teve com investidores em Lima foi questionando sobre as discussões que tem em Brasília sobre o Orçamento.

"Os investidores queriam entender quais são as perspectivas para o Orçamento de 2016 e eu falava que estamos em discussão. A presidente Dilma Rousseff tem deixado muito claro a importância de nós termos um orçamento que aponte com muita robustez para alcançarmos a meta de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem", afirmou Levy.

O ministro ressaltou que esse é o primeiro passo para que o Brasil retome a agenda de crescimento. "Ter orçamento é fundamental para todo o programa de logística, que é muito ambicioso", acrescentou.

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