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Rebaixamento é normal mas não reflete fundamentos, diz Meirelles

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, viu com naturalidade a redução de recomendação para o Brasil, feita hoje pelo banco ABN-Amro e pela consultoria IdeaGlobal. "Isso é absolutamente normal. Os analistas levam em conta diferentes fatores, e não só a melhora dos fundamentos do País", argumentou Meirelles. Entretanto, o presidente do BC deixou claro que o governo não baseia suas ações na opinião de "uma ou duas pessoas". "Nos baseamos em fatos e os fatos são que os fundamentos estão melhorando de forma continuada", disse. Meirelles comentou ainda que a decisão de fixar o novo valor do salário mínimo em R$ 260,00 foi tomada com base na observação de diversos fatores e foi a melhor opção para o Brasil neste momento. O presidente do BC negou que tenha ocorrido uma "queda de braço" entre a equipe econômica e os demais integrantes do governo na fixação do novo salário mínimo. Meta de inflação Meirelles voltou a falar que não existe na agenda do Conselho Monetário Nacional nenhuma proposta de alteração da meta de inflação de 2005. "A meta de 2005 foi fixada pelo CMN em junho de 2003 em 4,5% e cabe ao Banco Central cumpri-la. Em junho deste ano, o CMN discutirá a meta de 2006", afirmou. Ele afirmou ainda que considera legítimo o debate levantado sobre a questão da meta de 2005, apesar de reiterar que esta meta já foi fixada pelo CMN. Ele também disse que considera o sistema de metas de inflação o de menor custo para o País e de maior eficácia para se manter a inflação baixa. Copom ao vivo Ainda durante a sessão, o presidente do BC foi indagado pelo senador Eduardo Suplicy sobre uma proposta do próprio parlamentar de passar a transmitir ao vivo as reuniões do Copom. Apesar de dizer que acataria qualquer decisão do Parlamento sobre a questão, Meirelles lembrou que não há nenhum Banco Central do mundo que tenha adotado este tipo de procedimento. E também argumentou a transmissão ao vivo poderia trazer volatilidade aos mercados, uma vez que a vinculação de discussões internas e preliminares poderia levar a conclusões erradas.

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