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Receita de microempresas paulistas sobe 3,5% em abril

Faturamento no mês é de R$ 19,6 bilhões, R$ 671 milhões a mais que em 2006

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Por Redação
Atualização:

O faturamento real (descontada a inflação) das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo manteve a trajetória de recuperação apresentada nos últimos meses e teve alta de 3,5% em abril ante o mesmo mês de 2006, de acordo com a pesquisa de conjuntura Indicadores Sebrae-SP. A receita das empresas fechou o mês em R$ 19,6 bilhões, R$ 671 milhões a mais que em abril do ano passado. O desempenho foi puxado pelas micro e pequenas empresas dos setores de indústria e comércio, que apresentaram crescimento no faturamento de 8% e 6,4%, respectivamente. Já o setor de serviços registrou redução de 5,4% no faturamento em abril e já acumula queda de 3,3% no ano, diante de resultados positivos tanto na indústria (4,1%) quanto no comércio (3,6%) nos primeiros quatro meses do ano. A alta no faturamento não se refletiu, porém, no nível de pessoal ocupado das micro e pequenas empresas, que voltou a apresentar queda de 2,5% em abril na comparação com o mesmo mês de 2006, da mesma forma que os gastos totais com salários, que diminuíram 4,5% no período. O nível de pessoal ocupado já está abaixo do verificado em 2006 e encerrou o mês com 5,7 milhões de empregados, 145 mil a menos que em abril de 2006. Já o rendimento real dos empregados continua a trajetória de recuperação, com alta de 1,2% no período, dado que reforça a tendência de crescimento do poder aquisitivo da população. Regiões Embora indústria e comércio tenham mostrado bons números, o desempenho desses setores continua centrado em poucas regiões, como no interior de São Paulo e no Grande ABC, que registraram alta de 10% e de 1,8% no faturamento real no período. Enquanto isso, os municípios da região metropolitana e a capital paulista voltaram a apresentar redução no faturamento real, de 1,6% e 1,5%, respectivamente. O setor de serviços tem peso importante nessas regiões, o que explica o resultado. Em relação ao nível de pessoal ocupado, somente o Grande ABC apresentou alta, de 1,2%. Região metropolitana, interior e capital tiveram queda de 3,3%, 1,7% e 2,5%, respectivamente. O resultado se refletiu no indicador gastos com salários, que mostrou alta apenas no Grande ABC (3,2%), com redução na região metropolitana (-6,4%), interior (-2,3%) e capital (-5,2%). Já o rendimento real dos empregados caiu apenas na região metropolitana (-0,4%). interior, Grande ABC e capital registraram alta de 2,7%, 7,7% e 0,6%, respectivamente. Expectativas A maioria dos micro e pequenos empresários do Estado espera estabilidade no faturamento de seus negócios nos próximos seis meses. De acordo com a pesquisa, 54% acreditam na manutenção dos atuais níveis de faturamento no período, 31% esperam elevação, 13% não sabem e 2% acham que haverá queda. Em relação à situação da economia brasileira, os resultados são semelhantes: 53% acreditam em estabilidade, 28% esperam melhoria, 15% não sabem e 4% acham que haverá piora. Segundo avaliação do Sebrae-SP, a inflação sob controle, o aumento do poder aquisitivo do trabalhador, a tendência de queda continuada dos juros e o crescimento da oferta de crédito ao consumidor devem continuar a favorecer o desempenho das micro e pequenas empresas nos próximos meses. A entidade empresarial destacou, entretanto, que o ritmo de redução dos juros é lento, as taxas continuam elevadas e o câmbio valorizado prejudica os setores industriais ligados à produção de calçados e têxteis.

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