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Receita desmonta esquema de fraude em exportações

Operação Bumerangue cumpre 12 mandados de prisão temporária e 35 de busca e apreensão; quantia comprometida é estimada em R$ 250 milhões

Foto do author Luci Ribeiro
Por Luci Ribeiro (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - A Receita Federal informou, por meio de nota, que deflagrou na manhã desta quarta-feira, 25, a Operação Bumerangue, com o objetivo de combater organização criminosa suspeita de fraudar exportações. A ação, que é realizada em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, ocorre simultaneamente nos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. 

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Segundo a nota, foi constatado que, na grande maioria dos casos, o grupo investigado utilizava-se da denominada exportação fictícia ou simulada. Ao saírem das indústrias, as mercadorias eram entregues a destinatários localizados nos Estados do Paraná e de São Paulo logo após a emissão das notas fiscais, sem sequer chegar ao Estado de Mato Grosso do Sul, a partir de onde seriam exportadas. 

Para concretização da fraude, cerca de seis meses após a emissão das notas fiscais pelas indústrias, Comerciais Exportadoras simulavam exportações apenas apresentando a documentação instrutiva dos despachos de exportação. 

Com a deflagração da operação, os órgãos envolvidos apuram os indícios de prática de crimes como formação de quadrilha, falsidade ideológica, descaminho, corrupção ativa e passiva e evasão de divisas. Levantamento inicial aponta para mais de R$ 250 milhões em transações comerciais realizadas pelo grupo investigado.

Estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão temporária e 39 de condução coercitiva, além de 35 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados e nas empresas supostamente ligadas à organização criminosa.

O grupo investigado utilizava-se da denominada exportação fictícia ou simulada. Ao saírem das indústrias, as mercadorias eram entregues a destinatários localizados nos Estados do Paraná e de São Paulo logo após a emissão das notas fiscais, sem sequer chegar ao Estado de Mato Grosso do Sul, a partir de onde seriam exportadas. Foto: AP
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