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Receita e PF negam que prisões visavam beneficiar Ambev

Por Agencia Estado
Atualização:

A Receita Federal e a Polícia Federal (PF) rebateram neste sábado as insinuações da diretoria da Schincariol de que a deflagração da Operação Cevada haveria beneficiado sua concorrente, a Ambev. Em nota divulgada na sexta-feira, a cervejaria alegou que a prisão de integrantes de sua diretoria, na ação combinada da PF e da Receita, impediu que a Schincariol comparecesse a uma reunião do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que discutia uma associação entre a Ambev e a cervejaria belga Interbrew. A operação foi aprovada por unanimidade. A reunião do Cade ocorreu no mesmo dia das prisões dos diretores da Schincariol. Tanto a Polícia quanto a Receita informam, porém, que as detenções atenderam a uma decisão da Justiça. Ou seja, não coube a nenhum dos dois órgãos a decisão quanto à data das prisões. A direção nacional da Polícia Federal afirmou, por meio da assessoria, que a instituição tem atuação técnica e não persegue nem protege ninguém. Considerou descabidas as alegações da Schincariol. Técnicos envolvidos na Operação Cevada afirmam que ela foi deflagrada após uma investigação que durou mais de quatro anos e reuniu indícios de sonegação fiscal. Ela não teria, portanto, nenhuma relação com uma disputa comercial pelo mercado brasileiro de cerveja que estava em discussão no Cade. A troca de ações entre a Ambev e Interbrew tinha pareceres favoráveis do Ministério da Fazenda e do Ministério da Justiça. A principal razão pela qual a associação com a Interbrew foi aprovada é que as marcas da cervejaria belga não são conhecidas no mercado brasileiro. A Ambev já detém 67% do mercado no Brasil.

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