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Recessão dos EUA termina, mas emprego segue sombrio,diz pesquisa

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Por Redação
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O cenário de emprego nos Estados Unidos permanecerá desanimador no próximo ano, muito tempo após o término da recessão. Apesar disso, a pior fase da crise no mercado de trabalho acabou, disseram economistas do setor privado nesta quinta-feira. Economistas consultados pela pesquisa Blue Chip Economic Indicators de setembro disseram que a taxa de desemprego atingirá ao menos 10 por cento no começo de 2010 e "recuará a partir deste nível com relutância durante a segunda metade do ano". Mais de 80 por cento dos 52 analistas pesquisados afirmaram que a recessão iniciada em dezembro de 2007 terminou. Eles esperam que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça na taxa anual de 3 por cento no terceiro trimestre de 2009 e 2,4 por cento no quarto. Na pesquisa anterior, a previsão de crescimento do PIB era de 2,2 e 2,3 por cento nos respectivos períodos. Para o ano como um todo, a economia deve sofrer retração de 2,6 por cento, projeção inalterada frente aos levantamentos de julho e agosto. Em 2010, a economia norte-americana provavelmente terá expansão de 2,4 por cento, segundo a pesquisa. O levantamento foi realizado em 2 e 3 de setembro, pouco antes da divulgação do relatório mensal do governo sobre o mercado de trabalho, na semana passada. Neste documento, o Departamento de Trabalho apurou taxa de desemprego de 9,7 por cento em agosto, nível mais alto desde junho de 1983. Os empregadores norte-americanos fecharam 216 mil vagas, menor corte desde agosto de 2008. Os analistas disseram que preveem apenas uma melhora bem gradual nas condições do mercado de trabalho e que a economia continuará demitindo em ritmo decrescente até o final deste ano. Segundo analistas do Blue Chip, o prolongamento das semanas de trabalho dará lugar ao crescimento do emprego, elevando a renda das famílias e dos gastos do consumidor. "As companhias responderão ao começar a reconstruir os estoques, acelerando o crescimento da produção industrial e eventualmente encorajando o aumento dos investimentos, conforme a capacidade excessiva é utilizada", informou uma painel de economistas. A retomada do crescimento econômico no segundo semestre de 2009 está baseada no reabastecimento dos estoques, agora em níveis mínimos históricos, na modesta recuperação dos gastos do consumidor e na melhora dos investimentos residenciais, segundo pesquisa. A melhora prevista nos gastos do consumidor, que respondem por um terço da atividade econômica dos Estados Unidos, refletem um aumento nas vendas de veículos leves em resposta ao programa de incentivo do governo para troca de carros velhos por modelos mais novos, acrescentou o levantamento. O governo ofereceu aos consumidores até 4.500 dólares para que troquem carros velhos por modelos mais eficientes, estimulando um salto na demanda e na produção das montadoras.

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