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Recuo na construção civil deve ser o maior desde 1996

Por Vinicius Neder e Idiana Tomazelli
Atualização:

Se o movimento de queda e recuperação dos investimentos no Produto Interno Bruto (PIB), de 2012 para 2013, foi marcado pelos aportes em caminhões, neste ano o problema está também na construção civil. Segundo o Monitor do PIB, relatório do Ibre/FGV, houve perdas intensas na indústria da construção (-9,1%) e na indústria de transformação (-7,6%), na comparação do segundo trimestre com igual período de 2013. 

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“A construção é muito importante para os investimentos, e o setor de máquinas e equipamentos é o que mais sofre na transformação”, ressalta o economista Claudio Considera, responsável pelo Monitor do PIB e que já esteve à frente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE. 

Na queda de 5,9% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) projetada pela LCA Consultores para o ano, a construção civil terá recuo de 3,7% e os bens de capital, onde são classificados os caminhões, de 7,4%. Embora a queda na construção seja menor, será a maior desde 1996, segundo Bráulio Borges, economista-chefe da consultoria. 

Em janeiro de 2012, começou a valer o novo padrão de motores a diesel para caminhões, o chamado euro-5. Menos poluentes, esses motores são também mais caros. Então, o empresário que pôde antecipou a compra de caminhões para 2011, para conseguir os preços mais em conta dos motores antigos. 

O resultado: os investimentos em caminhões despencaram em 2012. No ano seguinte, subiram fortemente, em parte porque a base de comparação com o ano anterior era fraca. Agora, esse efeito não existe mais e, mesmo assim, os investimentos estão caindo. 

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