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Recuperação econômica dos EUA pode começar ainda este ano

O presidente do Conselho da Merrill Lynch acredita que em 2001 o PIB americano vá crescer entre 2% e 3%. "Se tudo for feito corretamente, já em 2002 este crescimento poderá ser de 3,5% a 3,8%".

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Conselho Consultivo para Assuntos Soberanos da Merrill Lynch e ex-presidente do Banco Central de Israel, Jacob Frenkel, acredita que a recuperação da economia americana pode começar ainda este ano. "Os EUA não estão passando por uma recessão, mas apenas por uma desaceleração do ritmo de crescimento de sua economia. Isso será recuperado ainda este ano", disse. O economista acredita que em 2001 o PIB americano vá crescer entre 2% e 3%. "Se tudo for feito corretamente, já em 2002 este crescimento poderá ser de 3,5% a 3,8%", disse Frenkel. Para ele, os ciclos econômicos até hoje podem ser entendidos como uma curva em "U", com início em um período de prosperidade, seguido por uma fase de crise para depois ocorrer uma recuperação. "Agora os problemas são percebidos muito mais rapidamente. Acho que a curva será em forma de "V", com um período muito curto de crise", disse. Fluxo de capitais - Para o presidente do Conselho da Merril Lynch, tentativas de controle de fluxo de capitais são medidas "fúteis". "Muitos países tentaram copiar o Chile, na tentativa de limitar a entrada de capitais ruins e manter o fluxo dos bons", disse ele. Frenkel comparou estas experiências a uma dieta de redução de colesterol. "É impossível impedir a entrada do colesterol ruim e consumir apenas colesterol bom. No fim das contas, você tem que fazer uma dieta de colesterol mínima", disse. Ele acredita que os investidores estão ficando mais racionais e examinando melhor o destino dos capitais. "Quando houve a crise no México, os capitais fugiram daquele país para o Sudeste Asiático. Quando as reformas estruturais começaram a ser feitas os capitais voltaram", disse Frenkel. BCs independentes - Frenkel defendeu a eficiência de um banco central independente. "Mas um banco central deve ser independente para executar as políticas, seguindo determinações e metas traçadas pelo governo e utilizando instrumentos que lhe sejam concedidos por este governo", disse. Ele elogiou a condução do sistema de metas do Brasil. "Não conheço nenhum país que tenha adotado o sistema de metas de inflação e se arrependido", disse. Frenkel participou de seminário sobre "As Perspectivas para a Economia Brasileira", promovido no Rio pela Fundação Getúlio Vargas.

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