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Recuperação nos mercados brasileiros

Os mercados norte-americanos apresentaram pequena queda no primeiro aniversário dos ataques terroristas, com poucos negócios. Mas, no Brasil, passado o susto de novos atentados hoje, o clima foi de recuperação.

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje o clima foi de meio feriado nos Estados Unidos, as bolsas abriram apenas no período da tarde, depois de homenagens aos mortos nos atentados terroristas no ano passado. Os volumes de negócios foram baixos e, apesar das altas do início dos pregões, os índices fecharam em pequena queda. Os mercados brasileiros, que vinham muito pessimistas, mesmo com as altas nos mercados internacionais nos últimos dias, apresentaram recuperação, com alta na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e queda nos juros e no dólar. O clima internacional ainda é tenso com a perspectiva de guerra entre os Estados Unidos e o Iraque. Alguns governos europeus já se mostram favoráveis a uma intervenção militar mesmo sem a aprovação da Organização das Nações Unidas (ONU). Amanhã o presidente George W. Bush discursa na Assembléia Geral da ON, pedindo o aval dos países-membros para a invasão. No Brasil, as cotações se recuperaram parcialmente do pessimismo dos últimos dias, embalados pelos avanços do candidato preferido dos mercados financeiros, José Serra (PSDB/PMDB), e pelo fim das tensões dos últimos dias com a rolagem de um grande volume de papéis cambiais com vencimento hoje. A passagem sem incidentes do aniversário dos ataques terroristas também trouxe alguma tranqüilidade. O Banco Central (BC) também voltou a realizar um leilão de linha complementar de financiamento à exportação, mas de volume pequeno. E o presidente da instituição, Armínio Fraga, em contato com investidores na Holanda, voltou a afirmar que a queda nas linhas de crédito externas para o Brasil. Para ele, a partir de agora, a perspectiva é de lenta retomada do crédito, o que pode passar a aliviar as tensões sobre o câmbio. Mercados O dólar comercial foi vendido a R$ 3,1050 nos últimos negócios do dia, em baixa de 1,02% em relação às últimas operações de ontem, oscilando entre R$ 3,1020 e R$ 3,1400. Com o resultado de hoje, o dólar acumula uma alta de 34,07% no ano e 2,81% nos últimos 30 dias. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagam taxas de 20,400% ao ano, frente a 20,350% ao ano ontem. Já os títulos com vencimento em julho de 2003 têm taxas de 22,700% ao ano, frente a 22,620% ao ano negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,23% em 10182 pontos e volume de negócios de R$ 351 milhões. Com o resultado de hoje, a Bolsa acumula uma baixa de 25,01% em 2002 e alta de 1,97% nos últimos 30 dias. Das 50 ações que compõem o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa -, sete apresentaram altas. O principal destaque foram os papéis da Embratel ON (ordinárias, com direito a voto), que subiu 10,45%. Mercados internacionais Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 0,25% (a 8581,2 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York -caiu 0,35% (a 1315,45 pontos). Às 18h, o euro era negociado a US$ 0,9765; uma alta de 0,10%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em alta de 2,47% (386,14 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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