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Recursos liberados para habitação ficaram abaixo da meta

Os bancos que integram o SBPE, em sua maioria privados, financiaram R$ 315 milhões em agosto, com crescimento de 39,99% em relação ao mesmo mês do ano passado. A meta do CMN era de expansão de 50%.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os recursos liberados para financiamento imobiliário no mês de agosto ficaram abaixo da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN). Os bancos que integram o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), em sua maioria privados, financiaram R$ 315 milhões em agosto, com crescimento de 39,99% em relação ao mesmo mês do ano passado. A meta do CMN era de expansão de 50% na mesma comparação. O diretor de Normas do Banco Central, Sérgio Darcy, acredita que os bancos reduziram o ritmo dos empréstimos porque haviam financiado um volume expressivo no mês de julho. "Como as instituições financeiras têm de fechar o trimestre com uma evolução de 50% nos financiamentos, quando superam essa meta em um mês, elas reduzem no mês seguinte. Esta é uma forma de guardar recursos para o próximo mês", afirmou. Em julho, os bancos integrantes do SBPE emprestaram R$ 519,42 milhões para habitação, o que significa uma expansão de 86,73% em relação a julho do ano passado, portanto bastante acima da meta de 50%. Vale destacar que, mesmo com a queda dos financiamentos em agosto, o crescimento médio dos dois primeiros meses do terceiro trimestre continua acima da projeção do CMN. Foram emprestados, no acumulado de julho e agosto, R$ 834,47 milhões, com expansão de 65,83%. Abecip acredita que demanda diminuiu O presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Décio Tenerello, não concorda com Sérgio Darcy. Segundo ele, a redução do ritmo de financiamento no mês passado deveu-se à menor demanda dos mutuários. "Diante da competitividade dos bancos no negócio imobiliário, nenhum deles está guardando recursos para emprestar no mês seguinte", rebateu. Metas O CMN tem sido responsável por fixar as metas de crescimento para o crédito imobiliário com recursos da poupança no País. Para o primeiro trimestre do ano, o Conselho definiu que o financiamento imobiliário deveria crescer 30% em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, a meta de expansão subiu para 45%, também na comparação com igual intervalo de 2004. Para o segundo semestre de 2005, o porcentual de aumento foi fixado em 50%.

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