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Rede de fast food Carl’s Jr. chega ao País

Grupo IMC vai representar a marca na América Latina e tem planos para abrir lanchonetes ao lado dos restaurantes da rede Frango Assado

Foto do author Márcia De Chiara
Por Márcia De Chiara e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

SÃO PAULO - O tradicional hambúrguer está abandonando o rótulo de alimentação rápida e barata. A rede de americana de lanchonetes Carl’s Jr. abre nesta quinta-feira sua primeira loja no Brasil, no Aeroporto de Guarulhos (SP), com a proposta de dar ao sanduíche um ar de sofisticação.

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"O nosso hambúrguer será premium, com tamanho maior do que o da concorrência e preços entre 20% e 30% acima da média do mercado", diz Marcelo Ferraz, diretor de marketing e produtos do Grupo IMC. A empresa fechou um contrato com o Grupo CKE, da Califórnia (EUA), onde a marca nasceu em 1941, para operar com exclusividade a rede na América Latina. Já abriu restaurantes no México, Panamá e Porto Rico. Agora chegou a vez do Brasil, considerado o maior mercado para a rede para a região.

Ferraz não revela valores investidos nem detalha planos. Mas dá pistas, ressaltando que a expansão não será por meio de franquias, mas operado pela empresa. O Grupo IMC, especializado no segmento de alimentação em áreas muito movimentadas, como shoppings, aeroportos e estradas, tinha 332 restaurantes espalhados pelo País até setembro deste ano e faturamento superior a R$ 800 milhões. Entre as principais marcas do Grupo estão Viena, Frango Assado, Brunella e Batata Inglesa.

O diretor de relações com investidores, Neil Amereno, diz que a intenção é abrir um restaurante Carl’s Jr. ao lado de outro Frango Assado. Essa rede, comprada em 2008, tem 25 lojas espalhadas entre os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Portanto, de saída, o plano é ter pelo menos 25 restaurantes com a nova marca.

Ferraz destaca que não se corre o risco de canibalização ao abrir um restaurante ao lado do outro porque os públicos são diferentes. "Nossa ideia não é atingir as classes de menor renda, mas um segmento jovem de classe média alta num ambiente bacana", diz o executivo. Ele explica que os pratos serão preparados na hora e servidos na mesa.

Briga

"Essa marca não vai brigar com as tradicionais no segmento de hambúrguer, como Bob’s, McDonald’s, Burguer King, mas com as redes nacionais, como a Lanchonete da Cidade", diz Enzo Donna, diretor da ECD Food Service, consultoria especializada em fast food.

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Para o consultor, o rápido crescimento do mercado de refeições fora de casa, de 15% a 16% ao ano entre 2005 e 2011, impulsionado pelo processo de redistribuição de renda e mobilidade social, chama a atenção de marcas estrangeiras. "Nenhum mercado tem crescido a essas taxas", diz.

Ele acrescenta que em 2014, a fatia gasta pelos moradores do Sudeste do País com comida fora de casa no total da alimentação vai se equiparar ao dos americanos, como proporção do total das despesas com comida.

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