PUBLICIDADE

Redução da Selic satisfaz CDES, diz Tarso Genro

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário especial de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, disse hoje que a redução de 2 pontos percentuais na taxa básica de juros satisfaz a ampla maioria do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social (CDES). "Não creio que essa redução tenha unanimidade dentro do conselho porque todos querem que as taxas caiam cada vez mais e rapidamente", disse. De acordo com o ministro, a idéia que vem sendo negociada com o Ministério do Planejamento é de que no início de 2004, a taxa real de juros, descontada a inflação, fique entre 8,24% e 8,5%. Apesar de considerar este patamar alto, Genro informou que o governo federal gostaria que fosse menor e está trabalhando por isso. O objetivo do governo, de acordo com ele, é de que estas taxas acompanhem os patamares praticados internacionalmente, ao longo da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, na Presidência do País. O ministro comentou também a proposta aprovada ontem do senador Paulo Paim (PT/RS) para a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e posteriormente para 35 horas. De acordo com o Genro, a redução da jornada de trabalho por si só não gera emprego, seria necessário um conjunto de medidas pactuadas entre os trabalhadores e as classes empresariais para que esta medida ... não gere uma redistribuição de horas extras. "A redução da jornada de trabalho não está sendo discutida só no Brasil, e é decorrente da introdução de novas tecnologias e novas formas de organização de trabalho. É uma questão que teremos de enfrentar no médio prazo", disse. Tarso Genro está participando do Fórum das Lideranças Nacionais pela Concertação, um debate sobre o desenvolvimento sustentável e a construção das bases do Brasil do futuro, que passa a integrar o calendário anual do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). O evento está sendo realizado no campo da Fundação Dom Cabral, em Nova Lima (MG).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.