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Redução de custos com fusão BM&F Bovespa pode chegar a R$135mi

Por DANIELA MACHADO
Atualização:

A economia gerada pela fusão entre BM&F e Bovespa pode chegar a 135 milhões de reais até 2010, cifra superior aos 125 milhões de reais inicialmente previstos, segundo dados apresentados nesta quarta-feira pela nova bolsa a analistas. Somente neste ano, a redução de custos (em cifra anualizada) chega a 94 milhões de reais. "Do total da redução deste ano, 40 por cento virão da parte de pessoal e 60 por cento com sinergia de processos", afirmou o diretor-presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto. Na primeira metade do ano, a instituição teve lucro líquido de 329,2 milhões de reais, levando em conta itens não recorrentes como as despesas de integração das duas bolsas --concluída em maio-- e a amortização societária do ágio da operação. Para o segundo semestre, a expectativa é amortizar outros 242 milhões de reais, chegando ao total de 323 milhões de reais no ano. "Optamos por amortizar a menor quantia possível para não ter que eliminar a possibilidade de pagamento de dividendos", disse o diretor financeiro e de relações com investidores da BM&F Bovespa, Carlos Kawall, também presente à reunião da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-SP). A amortização do ágio para fins tributários só ocorrerá em 2009, em valor ainda não revelado. DE CAÇA A CAÇADORA Concluída a redução de pessoal, a BM&F Bovespa aprofundará a partir de setembro a sinergia de processos, de tecnologia da informação e espaço físico das bolsas. Atualmente, cada uma das bolsas tem uma plataforma de negociação, que é usada pelos operadores. Segundo Edemir Pinto, o caminho que deve ser seguido é o já adotado por outras bolsas mundiais em que o usuário final trabalha com uma tela única para negociação, embora os dois sistemas coexistam. "É uma alternativa que a gente está analisando para um primeiro momento", relatou. Ele também destacou o papel de liderança que a nova bolsa tem na América Latina e a posição entre as cinco maiores do mundo. "A fusão possibilitou a saída da condição de caça", disse o diretor-presidente quando questionado, acrescentando que a BM&F Bovespa está sempre atenta às oportunidades de consolidação. Na Bovespa, as ações unificadas da instituição estrearam com alta. Às 13h20, os papéis eram cotados a 11,64 reais, com avanço de 5,72 por cento, animadas pela inclusão no índice MSCI --que serve de referência para investidores estrangeiros. (Edição de Vanessa Stelzer)

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