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Redução de investimentos para emergentes é global, aponta BC

Por Agencia Estado
Atualização:

A retração no fluxo de investimentos estrangeiros para o País é reflexo de um movimento global, de redução de recursos para países emergentes e aumento da aversão de risco. A avaliação é do chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes, que considera o movimento registrado em março no fluxo de investimentos diretos para o Brasil como passageiro. "Esse é um movimento global. Todo o fluxo para países emergentes foi afetado", disse Lopes. Mesmo diante da expectativa de receber cerca de US$ 500 milhões em investimentos estrangeiros diretos (IED) em abril, o Banco Central mantém sua projeção de ingresso total de US$ 13 bilhões desse tipo de investimento em 2004. "A partir de maio podemos retomar fluxos mais elevados de investimentos, que podem compensar esse resultado", argumentou Lopes. Renovação de empréstimos Assim como os investimentos estrangeiros diretos, o mês de abril também registra até agora uma retração no movimento de renovação dos empréstimos de médio e longo prazo das empresas brasileiras. Segundo dados apurados pelo Depec, a taxa total de rolagem dos empréstimos do setor privado brasileiro no exterior está em 51% até agora no mês. A taxa de rolagem dos empréstimos diretos continua acima de 100%, neste caso 101%. Entretanto, a rolagem dos créditos obtidos por meio do lançamento de bônus, notes e commercial papers, continua baixa: 30% em abril até agora. O chefe do Depec insistiu que essa retração nas taxas de rolagem já era esperada, dado que as empresas aproveitaram as boas condições de liquidez do mercado internacional no dois primeiros meses do ano para antecipar suas contratações de crédito.

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