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Redução do emprego reflete atividade menor, diz IBGE

A redução dos investimentos em telecomunicações e a queda nas vendas do setor automobilístico pressionaram negativamente o emprego industrial em maio, sendo os principais responsáveis pela queda de 1,6% ante igual mês do ano passado.

Por Agencia Estado
Atualização:

A redução do emprego industrial no País está refletindo a desaceleração da atividade e agravando a perda do poder de consumo, segundo salientou a técnica do departamento de indústria do IBGE, Mariana Rebouças. Os dados divulgados hoje pelo Instituto revelam queda de 1,6% no emprego do setor em maio ante igual mês do ano passado. Segundo Mariana, essa base de comparação é mais eficiente para análise da pesquisa do que os resultados em confronto com o mês imediatamente anterior. Ela explica que como a pesquisa de emprego e salário na indústria é muito recente ainda não é possível dessazonalizar (eliminar as influências características de determinado período) o resultado e, portanto, a comparação mensal (ante igual mês do ano anterior) espelha melhor a realidade. Na comparação com abril, houve expansão de 0,4% no emprego do setor. Mariana explicou também que o número de horas pagas (queda de 2,4% ante maio de 2001) é o que reflete com maior rapidez a perda de ritmo de produção da indústria. "Os dados do emprego, dos salários e das horas pagas estão coerentes com a desaceleração do setor", disse. Telecom e veículos A redução dos investimentos em telecomunicações e a queda nas vendas do setor automobilístico pressionaram negativamente o emprego industrial em maio, sendo os principais responsáveis pela queda de 1,6% ante igual mês do ano passado. O segmento de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações apresentou queda de 14,3% no período. Segundo Mariana, a redução no nível de emprego nesse segmento foi generalizada nos locais pesquisados pelo IBGE e refletem a diminuição abrupta dos recursos das empresas de telecomunicações voltados para ampliação do atendimento, com o objetivo de antecipar as metas estabelecidas pela Anatel. No caso do segmento de fabricação de meios de transporte (-4,1%), Mariana explicou que as maiores quedas ocorreram nos principais parques fabris automotivos (São Paulo, Minas Gerais e Paraná) e estiveram focalizadas especialmente em autopeças.

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