A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi anunciada em dezembro de 2008, no auge da crise financeira internacional. O objetivo era evitar uma queda drástica nas vendas. O benefício, que reduziu os preços dos carros com motores até 2.0 (e em sua última etapa apenas nas versões flex) teve duração de 15 meses. A cobrança integral foi retomada no dia 1.º de abril, pois o governo entende que o mercado não precisa mais do subsídio. Em 2009, as vendas de carros bateram recorde, com 3,1 milhões de unidades. A indústria automobilística espera superar essa marca este ano e chegar a 3,4 milhões de veículos, numa demonstração de que o retorno do IPI integral não deve atrapalhar muito os negócios do setor. O aumento do juros, porém, é uma preocupação, pois as próprias montadoras admitem que boa parte dos resultados do ano passado foi obtida mais em razão do financiamento farto do que do corte do IPI.