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Redução do juro nos EUA favorece queda na Selic

O ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola diz que o corte decidido pelo Fed "não indica pânico". "Acho que ainda é cedo para dizer que tem recessão nos Estados Unidos".

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola considera que o corte de 0,50 ponto porcentual na taxa dos Fed Funds é positivo para o Brasil porque "reduz o custo da nossa dívida e dá maior atratividade aos ativos brasileiros". Loyola, que é sócio da consultoria Tendências, avalia que a redução nos juros nos EUA abre espaço para uma redução também em torno de 0,50 ponto porcentual na taxa de juros básica brasileira, a Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Loyola diz que o corte decidido pelo Fed "não indica pânico". "Acho que ainda é cedo para dizer que tem recessão nos Estados Unidos", disse Loyola à Agência Estado. Para ele, se o Fed decidisse por um corte de 0,75 ponto porcentual seria "um sinal de que eles estão apavorados", mas isso não aconteceu. Loyola lembra que o Brasil não é tão ligado aos Estados Unidos como o México e que, embora as exportações brasileiras sejam atingidas pelo desaquecimento da economia americana, a repercussão principal para o Brasil, segundo Loyola, é na área financeira, facilitando e baixando o custo das captações brasileiras.

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