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Redução dos subsídios agrícolas continua em pauta, diz Wedekin

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo brasileiro "vai continuar exigindo abertura de mercado e redução dos subsídios agrícolas dos países desenvolvidos" nas negociações multilaterais, segundo afirmou hoje o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin. Segundo ele, a expansão da agricultura brasileira no mercado internacional está assustando os países concorrentes. Como exemplo, ele citou o crescimento de 35% do saldo da balança comercial agrícola do País nos últimos 12 meses (de setembro do ano passado a agosto último). "Estamos deslocando concorrentes e ganhando mercado", disse. Wedekin lembrou que os países ricos gastam US$ 320 bilhões a cada ano em subsídios agrícolas e na reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Cancún, no México, na semana passada, "ficou clara a dificuldade de abertura do mercado agrícola mundial". O secretário destacou que o Brasil vem avançando a passos largos no mercado externo apesar dessas barreiras internacionais. Segundo ele, a produção de produtos agrícolas brasileiros cresceu muito acima da média da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) na década de 90. Crescimento acima da média Dados do Ministério apontam que enquanto a economia do País cresceu em média 2,7% ao ano no decorrer dos anos 90, a produção de 11 produtos agrícolas aumentou acima dessa média: soja (10,8%), soja em grão (9,2%), açúcar (8,8%), suínos (7,1%), farelo de soja (5,8%), óleo de soja (5,5%), milho (4,6%), leite (3,7%), boi (3,4%), arroz (3,2%) e laranja (3,1%). No mesmo período, a economia mundial cresceu, em média, 3,6%. "Os dados mostram que a economia brasileira não foi competitiva no período, mas o setor agrícola foi", concluiu.

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