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Redução no saldo da balança comercial é salutar, diz Mantega

Segundo o ministro, demanda interna é atendida por importações, o que reduz saldo comercial

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Por Adriana Fernandes e da Agência Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira, 2, que é "salutar" a redução do saldo da balança comercial brasileira. Segundo ele, isso reduz a pressão sobre a taxa de câmbio e, conseqüentemente, sobre o real. Ao chegar ao Ministério da Fazenda, Mantega disse que a redução do saldo já era esperada e reflete o crescimento da economia. Parte da demanda interna está sendo atendida, segundo ele, pelas importações, o que diminui o saldo comercial. "Essa diminuição significa passar de US$ 46 bilhões para US$ 40 bilhões. Não quer dizer que vamos eliminar o saldo comercial. Queremos manter o saldo comercial elevado, mas, talvez, não precisemos de um saldo tão elevado", afirmou o ministro. Na avaliação dele, é natural o movimento de adequação da balança comercial ao crescimento da economia. Mantega disse não estar preocupado com a redução do saldo. Segundo ele, não há perda de fôlego das exportações brasileiras. O ministro destacou que as vendas externas continuam crescendo, até em condições melhores do que se esperava. Por outro lado, Mantega destacou que as importações estavam crescendo de forma mais robusta e tiveram agora uma desaceleração. Ele disse que o Brasil tem um saldo comercial, em volume de comércio exterior, proporcionalmente maior do que o da China. Crise Mantega afirmou ainda não acreditar que uma eventual desaceleração da economia mundial por causa das turbulências do mercado vá prejudicar a economia brasileira e as exportações. "Se houver alguma pequena desaceleração da economia mundial, já vimos que vai atingir pouco o Brasil", afirmou. Segundo o ministro da Fazenda, as turbulências estão sob controle mas não terminaram. "Não vou dizer que acabaram." Mantega disse que ainda está havendo um processo de assimilação dessas turbulências e citou como exemplo disso o registro de perdas nos balanços dos bancos.

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