A reestruturação societária da Telemar só sairá do papel se houver uma adesão em massa dos acionistas. Segundo o presidente da empresa, Manoel Horácio, os investimentos programados para este ano não permitem a inclusão, no orçamento, do pagamento do direito de recesso aos minoritários que não aderirem. "Se não houver uma adesão quase total vamos abortar a operação." Com a reestruturação societária, a Telemar-Rio (ex-Telerj) vai incorporar todas as outras companhias do grupo, que deixarão de ter papéis negociados em bolsa. Os acionistas das operadoras receberão ações da Telemar-Rio e se não concordarem, poderão receber um valor em dinheiro. A Telemar já anunciou investimentos de R$ 8,4 bilhões para 2001, sendo que R$ 5,4 bilhões serão aplicados na antecipação das metas fixadas pela Agência Nacional de Telecomunições (Anatel), para ter condições de operar no País a partir de 2002. O sucesso da operação ainda depende dos estudos que o coordenador, o Goldman Sachs, irá divulgar até o final do mês. Com base nesses estudos, será fixado o preço a ser pago no direito de recesso e a relação de troca. Segundo o analista-chefe do Banco Pactual, Ricardo Kobayashi, só com esses dados é que será possível avaliar se a operação é ou não vantajosa.