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Reestruturação divide Chesf em três empresas

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho, explicou que a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) decidiu retirar a Chesf do Plano Nacional de Desestatização (PND) e dividi-la em três empresas. A primeira, que ficará com maior parte dos ativos, será transformada numa empresa pública, com o nome de Companhia de Energia e Desenvolvimento Hídrico do Nordeste; ela deterá todas as usinas da Chesf, com exceção da usina de Xingó, que será de propriedade exclusiva da União. Com esta transformação em empresa pública, os acionistas minoritários da Eletrobrás - que têm 30% do capital total - terão de sair da empresa, para o quê será oferecida futuramente uma compensação, de acordo com regras que ainda serão esclarecidas. Carvalho explicou que essa nova empresa pública será diferente de uma corporação pública, como Furnas, que manterá a participação de acionistas minoritários. Xingó será uma empresa à parte, que ficará com o nome Chesf e será responsável por todos os investimentos na usina. A parte de transmissão da atual Chesf será transformada na Eletrobrás Transmissão do Nordeste S.A.; segundo Carvalho, esta será uma das três empresas nacionais de transmissão. Ele disse ainda que essas três empresas de transmissão terão diretoria unificada, para facilitar uma eventual fusão. O ministro de Minas e Energia, José Jorge, disse há pouco que a tendência é transformar a Chesf Xingó (uma das empresas resultantes da reestruturação da Chesf) em uma corporação pública. A decisão seguiria o que foi definido para Furnas, que se tornará uma corporação pública, com ações pulverizadas em bolsa. Jorge afirmou, no entanto, que ainda não há uma decisão sobre a privatização da Chesf Xingó. O presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho, disse que como se trata de uma nova empresa, já que a Chesf Xingó resulta da reestruturação da Chesf, ela teria que ser incluída no Programa Nacional de Desestatização para que possa ser privatizada. Isso é feito por meio de decreto presidencial. Eleazar disse também que ainda não está definido o mecanismo de compensação dos minoritários detentores de ações da Chesf. Segundo ele, isso pode ser feito por meio de cisão, permuta de ações ou outros papéis. "Os pontos ainda não foram definidos, mas os acionistas serão comunicados", afirmou. O governo não cogita privatizar o sistema de transmissão de eletricidade pertencente à Eletrobrás, segundo o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eleazar de Carvalho, responsável pela definição do novo modelo para o setor. Ele explicou que, quando for concluído o processo de cisão das subsidiárias da Eletrobrás, deverão restar três empresas de transmissão, com uma mesma diretoria. Em seguida, as três deverão ser fundidas, segundo Carvalho. Ele disse que a manutenção da transmissão sob controle do Estado será uma garantia para os investidores de que a posse de meios não será usada para dificultar a concorrência no setor, e a unificação de comando facilitará a operação do sistema.

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