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Refinaria Premium da Petrobras deve custar US$ 5,5 bi

Ainda sem localização definida, a refinaria Premium será a maior da estatal, com capacidade para processar 500 mil barris de petróleo por dia

Por Agencia Estado
Atualização:

O custo da refinaria Premium, próximo empreendimento da Petrobras na área de refino após a conclusão da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, deverá ser de US$ 5,5 bilhões, segundo informou nesta quarta-feira, 14, o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. Ainda sem localização definida, a refinaria Premium será a maior da empresa, com capacidade para processar 500 mil barris de petróleo por dia e foco na produção de diesel e gasolina com baixo teor de emissões de enxofre. Segundo Costa, a unidade deverá entrar em operação em 2014, levando o Brasil à auto-suficiência na produção de diesel, hoje o combustível mais importado pela estatal. O diretor da Petrobras confirmou que a companhia trabalha para antecipar o início das operações da Refinaria Abreu e Lima para o final de 2010, atendendo a pedidos do governo de Pernambuco. Inicialmente, a inauguração da refinaria estava prevista para o final de 2011. "Assim como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criamos aqui dentro o PAR, Programa de Aceleração da Refinaria. Nossa equipe está trabalhando em maneiras de agilizar a obra", afirmou. A Refinaria Abreu e Lima vai processar 200 mil barris por dia, metade em óleo venezuelano. Segundo Costa, as primeiras licenças para a instalação da unidade devem sair em quatro meses. O executivo informou que a conclusão da fase de negociações do empreendimento com a estatal venezuelana PDVSA depende de acordos sobre negócios da Petrobras na Venezuela, como os projetos de produção de petróleo e gás no Orinoco e em Mariscal Sucre, que são negociados como contrapartida ao projeto. Corredor ecológico A Petrobras assinou nesta quarta convênio com a Embrapa para a criação de um corredor ecológico no entorno do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, região metropolitana do Rio. A idéia é plantar cerca de um milhão de árvores na região, recuperando a Mata Atlântica degradada pela agropecuária. O projeto engloba as bacias dos rios Macacu e Caceribu, limítrofes ao terreno onde será erguido o pólo petroquímico, de 45 milhões de metros quadrados. A Petrobras quer cercar a unidade de mata e permitir a junção entre a Mata Atlântica recuperada e os manguezais da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, que fica próxima ao local. "É um marco na história dos empreendimentos da Petrobrás, que deve ser seguido em outros projetos", disse Costa. O projeto prevê ainda a implementação de uma lavoura para a produção de biodiesel, além do plantio de árvores frutíferas rio acima como fonte de renda para as populações locais. Segundo Costa, os trabalhadores das fazendas onde será construído o Comperj também serão cadastrados para trabalhar no plantio e manutenção do corredor ecológico. O diretor da Petrobras informou que a empresa continua negociando parcerias para o empreendimento, de US$ 8,3 bilhões, com empresas privadas nacionais. "Há parceiros internacionais interessados, mas, no momento, damos preferência a empresas nacionais", disse o presidente da Petroquisa, José Lima de Andrade Neto. A Petrobras espera entregar o Estudo de Impacto Ambiental à Feema, órgão ambiental do Estado, no fim de junho. "Vamos trabalhar para iniciar a terraplenagem do terreno ainda este ano", afirmou Costa.

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