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Reforma fiscal é única saída para o País, diz Nakano

Segundo economista, se nada for feito, a dívida pública chegará a um patamar insustentável nos próximos anos; Nakano também apontou que Brasil vive uma grave crise política

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

O diretor da Escola de Economia de São Paulo da FGV, Yoshiaki Nakano, afirmou que o Brasil "está num beco com só uma saída, que é a reforma fiscal". E acrescentou: "A evolução do gasto púbico é muito forte. E a despesa do governo precisa ser contida. A dívida pública está perto de 70% do PIB e, com os juros muito altos, se nada for feito, a tendência é desse número subir para o patamar de 80% nos próximos anos, o que é insustentável"

Para Nakano, clamor das ruas pressiona o governo a ser grande e pouco produtivo Foto: Alexandre Moreira/Brazil Photo Press

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Na avaliação de Nakano, a reforma fiscal permitirá o governo a mudar o "modelo de dependência associada" do ingresso de capitais de curto prazo, que o Brasil adotou a partir da década de 1990, com o estímulo de juros altos, para ajudar no processo de estabilização da inflação, sobretudo a partir do Plano Real em 1994.

Yoshiaki Nakano também apontou que o Brasil sofre de uma crise política grave. "Para fazer reforma precisa de liderança política forte, isso eu não vejo, nem liderança com projeto para o Brasil", destacou.

Para Nakano, a oposição nas ruas requer plena expansão de direitos, o que acaba pressionando o governo a ser muito grande e pouco produtivo. "O problema brasileiro é que o Estado intervém mal, de forma excessiva, que se torna ineficiente", disse. "As massas tem uma visão equivocada do século passado. Então, é preciso acontecer alguma coisa a mais para haver a mudança." O acadêmico fez os comentários em palestra no décimo terceiro Fórum de Economia realizado pela EESP-FGV. 

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