PUBLICIDADE

Publicidade

Região dos Lagos, no RJ, tem pedágio mais caro do País

Por EQUIPE AE
Atualização:

O pedágio mais caro do Brasil é pago pelos turistas que procuram a Região dos Lagos, balneário no litoral fluminense, para aproveitar o fim de semana. Com apenas 56 quilômetros de extensão, a Via Lagos tem uma tarifa para carros de passeio de R$ 8 nos dias úteis e R$ 12,30 entre sexta-feira e domingo ou em feriados. Ou seja, por cada quilômetro rodado, o motorista paga R$ 0,14 durante a semana ou R$ 0,24 nos fins de semana, quando o tráfego é mais intenso. O preço cobrado para os dias úteis é próximo ao vigente em algumas rodovias paulistas, como a São Paulo-São José do Rio Preto, de R$ 0,13 por quilômetro ou a São Paulo-Campinas, de R$ 0,16 por quilômetro. Mas a tarifa dos fins de semana supera a mais cara rodovia do Estado, a São Paulo-Guarujá, de R$ 0,18 por quilômetro. A cobrança de valores diferentes na Via Lagos é tema de diversas ações judiciais, todas com vitória da concessionária Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), que arrematou a via em 1996. Uma das justificativas usadas para o alto valor dos pedágios na Via Lagos é a transferência para o concessionário dos investimentos em duplicação a via existente e na construção de um novo trecho de 26 quilômetros entre os municípios de Araruama e São Pedro d''Aldeia. A rodovia começa na BR-101, na altura de Rio Bonito, e vai até perto de Cabo Frio, maior município da Região dos Lagos. No verão, segundo a concessionária, o fluxo de veículos aumenta, em média, 200%. Na avaliação da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transporte do Rio (Agetransp), o alto preço revela falhas no modelo de concessão adotado, que deveria ter repassado à iniciativa privada uma rodovia pronta, e não com investimentos a fazer. A outra concessão rodoviária estadual, a Rota 116 - que liga Itaboraí a Macuco -, tem uma tarifa de R$ 0,08 por quilômetro. Procurada, a secretaria de Transporte do Estado do Rio não retornou ao pedido de entrevista.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.