27 de março de 2012 | 13h41
"Existe o risco de que a desalavancagem do setor bancário da UE nos deixe com um mercado financeiro mais segmentado", disse o presidente da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), Andrea Enria, em uma conferência em Bruxelas que reuniu reguladores financeiros da região.
A UE está transformando em lei um acordo global sobre capital bancário, conhecido como Basileia 3, mas alguns países querem maior flexibilidade, argumentando que nem todos os 8 mil concessores de crédito do bloco têm o mesmo modelo de negócio.
Em dezembro de 2011, a EBA pediu aos bancos europeus que ampliassem a base de capital em um total de 115 bilhões de euros.
O acordo Basileia pede aos bancos que mantenham o capital principal em um nível equivalente a pelo menos 7 por cento de seus ativos de risco ponderado até 2019.
Enria disse que bancos do centro e do leste da Europa controlaram seus empréstimos, levando a uma retração em mercados nacionais. Segundo ele, uma maneira de lidar com o problema seria organizar uma instalação pan-europeia que emprestasse diretamente aos bancos, permitindo a eles acessar o financiamento sem ter que passar pelos governos nacionais.
Isso contrasta com o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês), fundo de resgate europeu procurado pelos governos de Grécia, Portugal e Irlanda para lidar com a crise financeira.
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