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Reino Unido considera usar pensão para ajudar compra de imóvel

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Por Redação
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O Reino Unido permitirá que pais façam uso de dinheiro envolvido em programas de pensão para ajudar seus filhos a obter hipotecas e adquirir suas próprias casas, disse o vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, neste domingo. O programa, que ainda se encontra em estágio de planejamento, tem como objetivo incentivar uma economia desacelerada com um impulso de 125 milhões de libras (200 milhões de dólares) aos mercados imobiliário e de construção. As declarações surgem após Clegg e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciarem um programa de apoio governamental à compra de novas moradias mais cedo no valor de 10 bilhões de libras neste mês. Sob os termos da proposta, pais serão capazes de usar um quarto do valor investido em suas pensões --normalmente intocáveis até que eles se aposentem-- como garantia pela hipoteca de seus filhos. A compra de domicílios é uma prática difundida no Reino Unido, mas o custo de adquirir uma propriedade cresceu além das possibilidades de muitos jovens após bancos enrijecerem as condições de empréstimo depois da crise financeira. "Temos milhares de jovens que estão desesperados para colocar seus pés no primeiro degrau da escada da propriedade, mas os depósitos dobraram e o número de jovens solicitando ajuda de familiares para adquirir hipotecas dobrou", disse Clegg ao canal de televisão BBC. "Permitiremos (...) que pais e avós façam uso de suas economias para pensão como garantia para que seus filhos e netos possam realizar um depósito e comprar um imóvel", disse ele, na conferência de seu Partido Liberal Democrata em Brighton, no sul da Inglaterra. Assessores do partido disseram que esperam que 12,5 mil britânicos participem do programa, utilizando em média 10 mil libras de suas pensões para depósitos hipotecários. Especialistas financeiros adotaram uma postura cautelosa em relação à proposta. "Qualquer programa que faz uso de pensões como garantia precisa assegurar que não piora as condições do depositante quando ele se aposentar", disse o diretor-geral da Associação Britânica de Seguradores, Otto Thoresen. (Reportagem de Tim Castle)

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