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Relator da MP do setor aéreo diz que Senado vai derrubar medida ainda nesta quarta

Segundo Roberto Rocha, os senadores não aceitam aprovar a medida sem a exigência uma cota voos regionais às empresas estrangeiras que se instalarem no Brasil

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Por Daniel Weterman
Atualização:

BRASÍLIA - O Senado deve fazer com que a medida provisória que abre o setor aéreo para o capital estrangeiro perca a validade ainda nesta quarta-feira, 22, afirmou ao Estadão/Broadcast o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), relator do texto no Congresso. Isso porque os senadores não aceitam aprovar a MP sem a exigência de uma cota de voos regionais às empresas estrangeiras que se instalarem no Brasil, de acordo com ele.

Na noite desta terça-feira, 21, o plenário da Câmara aprovou a medida provisória que trata da abertura total do setor aéreo brasileiro para o capital estrangeiro retomando o despacho gratuito de bagagens, conforme aprovado na comissão mista de deputados e senadores. 

A Câmara, no entanto, derrubou a exigência de que estrangeiras que se instalem no País façam ao menos 5% de rotas regionais por dois anos Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

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A Câmara, no entanto, derrubou a exigência de que estrangeiras que se instalem no País façam ao menos 5% de rotas regionais por dois anos. Esse item havia sido incluído na comissão de deputados e senadores que discutiu a norma.

De acordo com o relator, como a maioria dos senadores é do Norte e do Nordeste, diferentemente da Câmara, os parlamentares exigem que as empresas operem com voos nos Estados dessas regiões. "Entendemos que a economia de mercado se organiza, mas é necessário haver uma regulação. O que fizemos foi uma tentativa de regular obedecendo as diferenças regionais do Norte e do Nordeste em relação ao Sul e Sudeste", disse o senador.

Se aprovado o texto recebido da Câmara, é remetido à sanção presidencial. Caso haja alterações do que os deputados fizeram, a matéria retorna à Câmara que delibera, exclusivamente, sobre as emendas. O prazo é apertado, pois a MP perderá a validade nesta quarta-feira, 22, se não for votada no Congresso. "O Senado vai simplesmente alterar para o que foi feito antes (na comissão) e devolver para a Câmara. A MP vai caducar no colo da Câmara", afirmou Roberto Rocha.

O relator ponderou que o cenário pode mudar ao longo do dia, mas que ele entende que, neste momento, o sentimento médio dos senadores é fazer a MP cair sem a votação da cota regional de voos. Questionado se o cenário de a medida perder a validade não seria pior, Rocha afirmou que nos moldes originais do que foi assinado pelo ex-presidente Michel Temer a matéria não passaria no Congresso.

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