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Remédio: Internet estimula automedicação

Entidade médicas - de medicina e farmacêutica - criticam a comercialização de remédios pela Internet por ser um fator de estímulo para a automedicação, prática que pode gerar graves efeitos colaterais.

Por Agencia Estado
Atualização:

A venda de medicamentos pela Internet é criticada por médicos e farmacêuticos. O motivo é simples: remédio trata, mas também pode causar efeitos colaterais. A facilidade da compra pela rede é encarada pelos especialistas como mais um fator de estímulo para a automedicação. É possível encontrar vários sites que vendem remédios em domicílio. Assim como em muitas farmácias, nos sites a receita médica só é exigida para os remédios de tarja preta. No Brasil, falta regulamentação para farmácias on-line. Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), Dirceu Raposo de Mello, a Internet só aumenta o descontrole da venda de remédios. Os conselhos de medicina também são unânimes em defender maior controle da venda de remédios, seja por Internet, telefone ou nas farmácias. "Medicamento só deve ser consumido com acompanhamento de um profissional de saúde", completa Raposo. Em 1998, 100 mil pessoas morreram por causa de efeitos colaterais de remédios. As reações indesejadas provocadas por medicamentos foram responsáveis por 8 milhões de casos nesse mesmo ano. Os números são dos registros de países onde há farmacovigilância - acompanhamento dos remédios, detectando a ocorrência de efeitos colaterais.

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