O aumento dos remédios foi constatado pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF) e do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum), do Distrito Federal. Foram analisados os preços de 5 mil medicamentos. Os maiores índices de reajuste atingem 257 remédios. A maior alta foi do antibacteriano Eritormicina: 47,80%. Para o consumidor ter uma noção do abuso, nos últimos 12 meses, a inflação medida pelo Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE) foi de 6,77%. Vários remédios de boa vendagem no País também não escaparam do reajuste. Entre eles, destaca-se o antibiótico Cataflan. Campeão de vendas, com 27 milhões de unidades em 1999, subiu 9,11% no período. Outros remédios da lista são: Voltaren (10,11%), Aldomet (5,01%), Biofenac (5,11%) e Decadron (6,06%). Inquérito O CRF e o Idum vão fazer um pedido formal ao Ministério da Fazenda para averiguar os reajustes levantados. Pela legislação em vigor, os laboratórios são obrigados a justificar ao Governo o aumento dos preços. O CRF também pedirá ao Ministério Público federal a abertura de inquérito contra os laboratórios por causa dos aumentos.