13 de março de 2009 | 08h04
O assunto foi levantado pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Os relatos divergem se Meirelles teria colocado o problema como um empecilho para uma queda maior nos juros, mas de qualquer forma, o assunto foi abordado por ele na reunião. Por enquanto, o patamar da taxa Selic ainda não configura um problema de distorção dos rendimentos das aplicações financeiras, porque enquanto a Selic está em 11,25% ao ano, o rendimento nominal da poupança (Taxa Referencial mais 6%) está na casa dos 8%. Os senadores acreditam que o governo deve buscar uma solução para o dilema em prazo relativamente curto, já que novos cortes na Selic estão sendo esperados para os próximos meses.
O presidente do BC teria afirmado que a remuneração da poupança pode gerar uma distorção, como a que ocorreu em 2007, quando a Selic atingiu pela primeira vez seu piso histórico 11,25% ao ano. Naquele ano, o BC chegou a reduzir o rendimento da poupança mudando a fórmula de cálculo da TR. Com a Selic cada vez mais baixa, a rentabilidade dos fundos de investimento, descontando-se Imposto de Renda e taxa de administração, se aproxima da verificada na poupança - que tem rendimento quase fixo e é livre de impostos e de taxa de administração. Nesse cenário, o risco é de uma migração em massa de recursos aplicados em fundos para a caderneta de poupança.
Tal cenário teria impacto nos bancos, já que reduziria a clientela dos fundos de investimento e aumentaria o volume de recursos que teriam que obrigatoriamente ser emprestados para habitação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Encontrou algum erro? Entre em contato