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Remuneração de CEOs no Brasil caiu 4,3% em 2009

Por EQUIPE AE
Atualização:

O salário-base dos Chiefs Executive Officer (CEOs) - ou "diretores-executivos" - no Brasil caiu 2,2% em 2009, enquanto o total em dinheiro (salário mais bônus) diminuiu 4,30%, revelou hoje uma pesquisa da consultoria de gestão de negócios Hay Group. O levantamento, batizado de Top Executive Compensation, levantou informações com 2.689 executivos, de 227 diferentes empresas. A redução da remuneração está diretamente ligada à crise financeira internacional. Em 2008, aponta o levantamento, o cenário era bem diferente: o salário-base havia crescido 4,4% e o total em dinheiro chegou a ser 9,8% maior que em 2007. A pesquisa mostra que 100% das empresas possuem a prática de Incentivos de Curto Prazo (ICPs), como bônus e participação nos lucros. Na média, os ICPs pagos em 2009 caíram 1% em relação a 2008. Para os CEOs, especificamente, os ICPs diminuíram 4% e representam, neste ano, 108% do salário-base anual.Das empresas ouvidas, 95 possuem planos de Incentivos de Longo Prazo (ILPs), o que representa um crescimento de 25% em relação ao estudo de 2008. Sessenta porcento das empresas que concedem ILPs são de capital estrangeiro. Da amostra total, 43% dos executivos são elegíveis a esse tipo de programa neste ano, contra 34% no ano anterior.O consultor Leonardo Salgado, do Hay Group, destacou em nota que há no mercado uma tendência de crescimento desta prática, em função do número de empresas que abriram capital nos últimos anos ou estão estudando essa possibilidade. "Neste cenário, a utilização de ferramentas de remuneração de longo prazo se mostra um caminho natural como forma de garantir o alinhamento e a permanência dos executivos no médio e longo prazo", explica.A pesquisa do Hay Group mostra ainda que houve uma revisão nas políticas empresariais e na adequação dos custos. Apesar de os benefícios tradicionais continuarem estáveis (plano médico, refeição e seguro de vida), outras concessões sofreram redução. Um dos exemplos é educação, com 46%, nove pontos porcentuais abaixo de 2008. Os empréstimos também foram reduzidos, passando de 27% em 2008 para 20% em 2009.

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