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Remuneração feminina é 17,3% menor que a de homens

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Por Beatriz Bulla
Atualização:

Os salários recebidos pelas trabalhadoras eram 17,3% menores do que as remunerações dos homens em 2009, quando consideradas as horas trabalhadas, de acordo com o relatório "Perfil do Trabalho Decente no Brasil: um olhar sobre as unidades da Federação", divulgado nesta quinta-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Sem considerar as horas trabalhadas, a diferença de remuneração de homens e mulheres foi ainda maior e atingiu 29,3% em 2009.A jornada de trabalho média feminina é mais curta que a masculina, segundo a OIT, por causa da maior presença das mulheres em trabalhos precários em tempo parcial e devido também a uma maior dificuldade de as mulheres fazerem hora extra e exercerem atividades como revezamento noturno.A proporção de mulheres no mercado de trabalho pulou de 57% em 1992 para 62,9% em 2004 e chegou a 64,8% em 2009. No mesmo período, a proporção de homens que trabalham caiu, passando de 90% em 1992 para 86,8% em 2004 e 86,7% em 2009. Com mais mulheres inseridas no mercado de trabalho e menos homens, o diferencial entre gêneros diminuiu, passando de 24 pontos porcentuais em 2004 para 21,9 pontos porcentuais em 2009. Com a mudança, as mulheres passaram a responder por 44,5% da População Economicamente Ativa (PEA) em 2009, contra 40% em 1992.A taxa de formalidade feminina - mulheres que ocupavam postos formais de trabalho sobre o total das que trabalham -, em 2009, ainda era inferior à taxa masculina. Para mulheres, o índice era de 50,7%, enquanto, para os homens, a taxa era de 57%.EstrangeirosO número de estrangeiros autorizados a trabalhar no Brasil pela Coordenação Geral de Imigração, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), cresceu 25,9% entre 2010 e 2011. Segundo o relatório divulgado pela OIT, este contingente de trabalhadores passou de 56 mil para 70 mil no período analisado.Em 2011, os norte-americanos foram os que mais solicitaram autorizações de trabalho, respondendo por 15% do total concedido. Durante 2008 e 2009, as autorizações concedidas para trabalhadores estrangeiros ficavam em torno de 43 mil.A região que mais autorizou o trabalho de estrangeiros foi a Sudeste, que respondeu por 88,2% das autorizações concedidas em 2011 para trabalho de estrangeiros no País. São Paulo e Rio de Janeiro representaram, respectivamente, 48,2% e 32,3% do total.De acordo com a OIT, o aumento significativo das autorizações pode ser explicado pelo crescimento econômico do País e pelo aumento de investimentos. Além disso, a organização aponta a crise financeira internacional como fator de aumento da oferta de profissionais qualificados disponíveis para vir ao País.O Censo de 2010 mostra que 268 mil imigrantes se encontravam no Brasil, um aumento de 86,7% na comparação com o censo de 2000.

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