24 de abril de 2008 | 11h01
Os sucessivos aumentos no rendimento médio real da população ocupada nas seis principais regiões metropolitanas ocorrido nos últimos anos não foi suficiente, ainda, para recuperar as perdas ocorridas entre o segundo semestre de 2002 e o terceiro trimestre de 2004. Em março de 2008, o rendimento médio real nas seis regiões ficou em R$ 1.188,90, ainda 2,4% inferior ao rendimento médio apurado em março de 2002, quando era de R$ 1.218,00. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Veja também: Desemprego em março é o menor para o mês desde 2002 IPCA tem maior março desde 2005 e supera previsões O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, explicou que "quando há um processo de recessão, como o ocorrido em 2003, a recuperação depois é muito demorada. Houve um processo de recomposição da renda, mas ainda não podemos dizer que, desde o início das perdas, houve ganhos efetivos (na renda)". Na comparação com fevereiro, a maior queda ocorreu na indústria (-6,6%) e, segundo Azeredo, esse movimento é sazonal, tradicional no setor nessa época do ano, quando não costuma haver contratações. Segundo ele, o recuo na indústria consistiu no principal impacto de queda para a média da renda nas seis regiões no mês. O IBGE divulgou ainda que a massa de rendimento médio real habitual dos ocupados, que é a soma de todos os rendimentos de todos os ocupados, chegou a R$ 25,5 bilhões em março, com aumento de 0,5% ante fevereiro e alta de 6,3% ante março de 2007. O IBGE divulgou ainda que o rendimento médio real domiciliar per capita, nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, ficou em R$ 769,38 em março, com alta de 0,8% ante fevereiro e de 4,6% na comparação com março do ano passado.
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